Vivemos um momento de muitos “modismos” e “novidades” quando o assunto é alimentação. Diariamente os meios de comunicação divulgam dietas e alimentos milagrosos, assim como escolhem alguns outros alimentos para serem vilões. Isso causa muita confusão no público em geral e contribui para exageros de todos os tipos. Muitas vezes esses comportamentos alimentares são passados para as crianças, seja na forma de informação ou na forma de mudanças na alimentação da mesma.
Apesar da preocupação da família com a saúde da criança, é importante que haja um cuidado muito grande ao transpor essas novidades para o universo infantil. Cortar certos alimentos ditos vilões ou exagerar no uso de outros ditos benéficos sem um acompanhamento de um profissional (nutricionista ou médico) qualificado pode levar a um desequilíbrio perigoso, a carências importantes e a um comportamento ansioso da criança em relação ao ato de comer. Isso pode ter um reflexo nos hábitos futuros da criança com consequências negativas.
A criança está em fase de desenvolvimento e crescimento e mesmo que por algum motivo seja necessário restringir alimentos, isto deve ser feito com muito critério e com um acompanhamento rigoroso.
Fiquem atentos com o que é divulgado e sobretudo cuidado com a maneira como a ideia de uma alimentação saudável é ensinada a criança. Alimentar-se é um ato natural, diário e frequente. É muito importante ter uma boa relação com os alimentos e com o ato de comer.

Patrícia Lassance
Nutricionista